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Homens e Saúde Mental:
Desafios e Perspectivas

Logo João Pedro Nowak

Nos últimos anos, a Saúde Mental masculina tem ganhado mais espaço no debate público, mas ainda existem desafios e barreiras a serem superados. Por que tantos homens resistem em cuidar sua saúde mental? O que está por trás desse silêncio? É o que vou trazer aqui com base no artigo "Quando dois homens se encontram: dilemas e estranhamentos com as masculinidades em um trabalho clínico" que escrevi junto ao Antropólogo Dr. Esmael Oliveira na revista Psicoperspectivas.

Psicólogo João Pedro Nowak

A saúde mental dos homens é frequentemente atravessada por modelos de masculinidade que os incentivam a negar suas vulnerabilidades. De acordo com a teoria da masculinidade hegemônica da Socióloga Raewyn Connell, as expectativas sociais colocam os homens em um papel que valoriza força, controle emocional e independência. Essas características, embora idealizadas, geram uma pressão que pode se manifestar em forma de angústia, ansiedade, isolamento e outros sintomas que passam desapercebidos ou não são reconhecidos.
Na clínica psicanalítica, essas demandas aparecem, muitas vezes, de forma velada. Homens chegam ao consultório movidos por conflitos externos – problemas no trabalho, crises conjugais ou dificuldades em lidar com mudanças. Contudo, ao longo do trabalho analítico, emerge uma narrativa mais profunda, marcada por um embate com o ideal de masculinidade internalizado.

eu sou o João Pedro, psicólogo de formação e psicanalista por desejo.
Estou aqui disposto a escutar você.
Respeito, Ética e Cuidado são pilares do meu atendimento.

Abordagem da Saúde Mental Masculina

Por que os homens negligenciam sua saúde mental? Parte dessa questão reside em padrões socioculturais que associam o cuidado consigo mesmo a uma fraqueza ou perda de virilidade. Conforme destacado por Alberto Luis Araujo Silva Filho, pesquisador da Universidade Nacional de Brasília (UNB), o cuidado, tanto com o outro quanto consigo mesmo, não faz parte do repertório que a sociedade tradicionalmente ensina aos homens.
Na prática clínica, isso se reflete em demandas justificadas por terceiros, como “minha esposa pediu para eu vir” ou em pedidos de soluções rápidas para problemas que já se tornaram crônicos. Essa resistência ao autocuidado está diretamente ligada a uma socialização que privilegia a ação, a competitividade e a produtividade em detrimento da introspecção e da escuta de si.

Falar sobre a saúde mental masculina é essencial porque os modelos hegemônicos de masculinidade impactam não apenas os homens, mas também as relações interpessoais e a sociedade como um todo. O silêncio em torno do sofrimento masculino perpetua relações de poder desiguais, violência e exclusão.
No entanto, é importante compreender que a masculinidade hegemônica é algo idealizado, fantasioso. Aqueles que não se encaixam nesse modelo  enfrentam dificuldades, sendo frequentemente marginalizados e estigmatizados. Essa exclusão também gera impactos profundos na saúde mental.

Negligência Masculina em Relação à Própria Saúde Mental

Por Que Precisamos Falar Sobre a Saúde Mental dos Homens

Saúde Mental Masculina: Desafios e Perspectivas

Os desafios para abordar a saúde mental masculina estão diretamente ligados à desconstrução dos ideais de masculinidade. Na psicanálise, isso significa convidar o homem a colocar em questão seus próprios referenciais, explorando como suas narrativas de “ser homem” foram moldadas e que efeitos elas têm em sua subjetividade.
Na clínica, o trabalho consiste em abrir espaço para que o homem nomeie seus medos, vergonhas e ressentimentos, muitas vezes vinculados à angústia. Essa escuta permite desconstruir fantasias que sustentam o modelo ideal de homem, promovendo uma reflexão ética sobre novas formas de ser e existir.

A Saúde Mental Masculina na Clínica Psicanálitica

Homens precisam falar sobre saúde mental, mas, mais do que isso, precisam ser ouvidos. O cuidado com a saúde mental masculina vai além de intervenções pontuais ou pragmáticas; ele exige uma abordagem que reconheça as implicações socioculturais, subjetivas e históricas que moldam a masculinidade.
Na psicanálise, o convite é claro: olhar com cuidado o peso do ideal masculino e se disponibilizar para outras formas de relação possíveis, que contemplem suas próprias vulnerabilidades, onde torna-se possível novas formas de laço social. Afinal, como podemos cuidar de nós mesmos, se sequer aprendemos a escutar com atenção?
Se você sente que está enfrentando desafios internos que parecem difíceis de nomear, a psicanálise pode oferecer um espaço para que você descubra suas próprias respostas – longe dos ideais e mais próximo de sua singularidade. Veja aqui importância da Sexualidade na Saúde Mental.

Fatos para pensar a Saúde Mental dos Homens:

A Organização Pan-Americana de Saúde  confirmou que entre 2020 e 2021 o número mundial de mortes pela COVID-19 foi maior para homens (57%) do que para mulheres (43%). Além disso, a Agência Brasil demonsta que durante o período houve aumento nos de casos de violência praticadas por homens.  Benedito Medrado e demais pesquisadores demonstram em um Artigo que o momento de vulnerabilidade da Covid-19 reafirmou uma socialização masculina marcada pela honra, pela hipervalorização da virilidade e por um senso de invulnerabilidade, onde o cuidado é uma prática considerada feminina, motivo de economias para os homens.

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Mestrado em Psicologia pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Constante implicação com a formação clínica

Aulas na graduação e pós-graduação

Participação em palestras e congressos

Participação em grupos de estudo e pesquisa 

Escuta ética e confidencial

Registro ativo no Conselho de Psciologia:
CRP/14: 08217-2

1

Anos de experiência

22

Atendimentos clínicos realizados

1

Pessoas atendidas

Labirinto

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